terça-feira, 16 de agosto de 2011

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: PROPOSTAS PEDAGÓGICAS NA ESCOLA

 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: PROPOSTAS PEDAGÓGICAS NA ESCOLA

Sandro Laerth Souza dos Santos Filho é Professor do Colégio Municipal José Firmino da Silva e do Colégio Estadual Dr. Antonio Carlos Magalhães no município de Ibirataia-Bahia. Graduado em Ciencias Biológicas pela Faculdade de Tecnologia e Ciências- FTC pólo de Ipiaú-Ba. Graduando em Educação Física pelo Programa de Formação de Professores na UESB- Jequié/BA.Pós-Graduado em Gestão e Educação Ambiental pela Faculdade Integradas Euclides Fernandes- Jequié-Ba. Pós-Graduado em Metodologia do Ensino de Biologia pela Universidade Gama Filho- Salvador-Ba. Pós-Graduado em Educação Física Escolar pela Innstituto Pró Saber- Feira de Santana-Ba.



Resumo

Grandes são os desafios a enfrentar quando se procura direcionar ações que garantem uma sustentabilidade no cenário educativo. O processo de ensino e aprendizagem em Educação Física, não se restringe ao simples exercício de certas habilidades e destrezas, mas sim de capacitar o individuo a refletir criticamente com autonomia, exercê-las de maneira social e cultural. Este artigo tematiza; A Educação Física Escolar: propostas pedagógicas na escola. Constituem-se em um estudo bibliográfico, trazendo a tona algumas reflexões e contribuições para uma prática eficaz, alicerçado por autores renomados da área destacando as discussões e estudos teóricos que estão atentos a esta temática. Contudo o estudo buscará uma reflexão que contribuirá para uma construção de uma proposta pedagógica dentro da Unidade Escolar que dará ao educador um alicerce favorável a sua reconstrução de sua prática dentro da escola ao qual esta inserido. Ao final deste estudo espera-se que o educador posso realmente entender a verdadeira finalidade da Educação Física dentro da escola.

Palavras chave: Trabalho docente, Educação Física, Prática Pedagógica.


INTRODUÇÃO
A proposta e prática pedagógica da disciplina de Educação Física Escolar se destina ao Ensino Fundamental II, sendo desenvolvido a partir da construção coletiva baseando-se em autores renomados da área, tendo por sua vez a intenção de nortear a atuação e a importância da Educação Física Escolar no processo ensino-aprendizagem.
Desafio cerrado desde 1996, quando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, lei nº. 9394/96), estabelece em seu artigo 26º os rumos que a Educação Física deve seguir, promulgada na tentativa de transformar o ensino brasileiro. Com o lançamento dos Parâmetros Curriculares Nacionais em 1997, temos a possibilidade de elaborar uma proposta pedagógica que possa ser integrada com o Projeto Político Pedagógico da Escola, visando desta forma a sua ampliação ao conhecimento do aluno, justificando a Educação Física Escolar enquanto componente curricular da Educação Básica.
Para tanto Barbosa (1997, p.15) já afirma que “a Educação Física deverá trabalhar conceitos que leve o aluno a refletir criticamente o mundo em que vive”. Sendo assim, por meio de atividades didático-pedagogicas e de articulação entre a teoria e a prática, professor e aluno são convidados a aprender juntos, fazendo escolhas, selecionando alternativas, testando limites, questionando valores, métodos e tendências. Desse modo, espera-se com este artigo contribuir para a formação plena do professor e ampliar as possibilidades cognitivas dos alunos, eixos temáticos inseparavelmente ligados a formação da cidadania.
A função da Educação Física Escolar- EFE, nos dias atuais é contribuir com a formação plena do homem, trazendo a tona a socialização dos alunos que interage direto ou indiretamente na Unidade Escolar ao qual esta inserido.
Diante dos dados relatados acima o presente artigo surgiu de um questionamento: Quais as propostas e práticas pedagógicas da Disciplina de Educação Física Escolar?
Contudo a busca por uma resposta que venha condizer com a realidade ao quais os educadores estão inseridos no contexto da Educação Física Escolar procurou-se ter como meta primordial o objetivo de estudo que esta pautada na identificar e elabora a proposta pedagógica da disciplina de Educação Física Escolar para um processo de ensino e aprendizagem eficaz. Para tanto sabemos que a possibilidade de elaborar uma proposta pedagógica integrada ao Projeto Político Pedagógico da Escola possibilitará a ampliação do conhecimento do aluno justificando a Educação Física Escolar enquanto componente curricular que contribui com a formação plena do cidadão.
 Grandes são as reflexões quando se procura direcionar ações sobre o corpo e sua cultura, podendo explicar as posturas corporais e as evoluções desde o homem primitivo até o atual. Desde a descoberta do primeiro instrumento de trabalho do homem, considerado a mão, desde a postura bípede, das linguagens corporais, tudo pode se explicar através da diversidade dos movimentos e das necessidades do homem. Esta reflexão evolutiva pode ser trabalhada na Educação Física escolar através de expressões corporais.
Para tanto o COLETIVOS DE AUTORES (1992, p.50) que tomamos como carta magna da Educação Física nos diz que:  
"dança, jogos, lutas, exercícios ginásticos, esporte, malabarismo, contorcionismo, mímicas, e outros que podem ser identificados como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem historicamente criados e culturalmente desenvolvidos". 

Porém, a Educação Física escolar não está sendo desenvolvida de maneira significativa com grande abordagem dos conteúdos que lhes são propostos. Estes estão resumidos à prática desportiva, principalmente aos esportes coletivos como voleibol, basquetebol, handebol, futsal e futebol, limitando a produção de conhecimento corporal e cultural do aluno. Esta tendência de desenvolvimento de modalidades desportivas coletivas no âmbito escolar, como única forma de entendimento da Educação Física, pode gerar uma caracterização das aulas de Educação Física como treinamento desportivo.
 A Educação Física escolar já foi confundida com o esporte de maneira equivocada, atendendo a interesses políticos que visavam se beneficiar desta condição. Desta forma, o esporte foi desenvolvido no âmbito escolar de maneira tecnicista sendo aplicado desde as primeiras séries do ensino fundamental. Porém, já naquele período, havia quem criticasse esta iniciação precoce ao jogo desportivo já que Educação Física era sinônima de esporte, e era obrigatória desde o ensino fundamental.
E hoje, esta relação de esporte e aula de Educação Física, como ela tem se apresentado? Será que nestas décadas, mudou-se a forma de ensinar o esporte dentro da escola? Será que há espaço para os demais conteúdos da Educação Física?
Entretanto o presente estudo apresenta como eixo norteador Educação Física Escolar: Propostas Pedagógicas Na Escola. Para que tal objetivo seja alcançado será feito uma pesquisa bibliográfica que segundo GIL (1999, p.65) “é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Para tanto, em sua execução utilizaremos autores para servir de bússola no mar do conhecimento: BRASIL (1997); BRASIL (LDB-1996); Barbosa (1997), Moreira (2004), entre outros que abordem o tema em estudo.
Visto que em pleno século XXI, as informações chegam a um piscar de olhos, o presente artigo será dividido em partes descritas a seguir. Na primeira parte faremos uma discussão sobre a “A proposta pedagógica”, por entendermos que seja um caminho a ser construído em conjunto por todos aqueles que fazem a educação, para tanto utilizaremos autores renomados que enfoquem esta temática tais como: LDB (1996).
No segundo momento abordaremos a temática “Possibilidades do Ensino da Educação Física Escolar”, tendo como eixo norteador orientações pedagógicas visando por sua vez uma implantação ou implementação de práticas educativas de qualidade, promovendo por sua vez condições necessárias para a participação efetiva de todos os alunos na construção de um mundo melhor. Para tanto faz necessária buscar em autores renomados a estes pilares: Barbosa (1997), Coletivo de Autores (1992), BRASIL (PCN´s), BRASIL (LDB),  Scarpato ( 2007), dentre outros.
Por fim ao finalizar este artigo cientifico espera-se ter em mãos uma proposta pedagógica plausível com a realidade escolar, que venha contribuir com o crescimento intelectual e educacional tanto do aluno quanto do educador.

1.0- REFERÊNCIAL TEÓRICO
1.1- A proposta pedagógica

Entende-se por educação o processo de transformação social que visa a mudança total ou parcial do ser humano enquanto construtor de seu próprio conhecimento. Contudo, educar é uma ação que abrange muito mais o ato de ensinar, do que transmitir conhecimentos envolve dentre outras forma em uma reflexão sobre os valores implícitos nos conhecimentos construídos e nas atitudes adotadas pelo receptor e emissor. Para tanto a LDB, Artigo 1º nos diz que:

A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

Analisando o enfoque ora abordado pela LDB, podemos perceber que o processo educativo ai muito mais além do que imaginamos, e que o processo para a construção do Trabalho Pedagógico que será desenvolvido dentro da Unidade Escolar deverá dentre outras forma serem embasadas nos principio formativos que contempla o caráter humano, não deixando simplesmente estes fatores sendo determinados pela escola. Portanto, ao permitir á comunidade a participação ou o acesso às dependências escolares para a realização de variadas atividades, ela estará participando de forma ativa para a construção de um mundo melhor e condizentes com a realidade onde esta inserida.
Sendo assim a Proposta Pedagógica é um instrumento de caráter geral que apresenta as finalidades, concepções e diretrizes do funcionamento da escola, a partir das quais se originam as outras ações propriamente ditas na escola. Contudo cada Unidade Escolar em seu determinado contexto terá condições plenas para o desenvolvimento de sua proposta, pois, a sua construção deverá ser coletiva, com a participação de todo os envolvidos (alunos, pais, professores, funcionários, representantes da comunidade, etc.) só desta forma a proposta ficará enriquecida com a diversidade de experiências, conhecimentos e proposições, tendo por sua vez maior probabilidade de envolvimento do grupo em sua execução, daí por diante terá que definir algumas prioridades, no estabelecimento de metas de curtos e médios prazos para que tenha êxito.
Entretanto a Proposta Pedagógica é assegurada pela Lei 9394/96 denominada Lei de Diretrizes e Bases da Educação em seus artigos 12 inciso I e VII, 13 inciso I e II,  e 14 inciso I.

Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;
VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a freqüência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica da escola;

Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;

Analisando estes preceitos e lei que garante esta construção, necessitamos agora enquanto mediadores deste conhecimento estar atentos para que possamos ressignificar uma reconstrução da Proposta Pedagógica de nossas escolas que não atendem a realidade onde cada U.E esta inserida. Precisamos nortear esta questão e fazermos valer a profissão ao qual nós escolhemos.

1.2- Possibilidades do Ensino da Educação Física Escolar

A instituição escolar através do professor de Educação Física nesta temática deverá ter em mãos instrumentos norteadores para uma reflexão critica e a criatividade a fim de contribuir para com a construção e a reconstrução da realidade por meio de eixos norteadores que visem uma cidadania eficaz.
Contudo o exercício da cidadania deverá ter como eixo a democratização do espaço público que é a escola em relação a comunidade ao qual esta inserida, portanto no que tange a educação física escola o professor deverá propor ações inovadoras que venha contribuir com esta reflexão dando oportunidade aos alunos sobre a escolha dos conteúdos programáticos sempre que possível analisando as mais diversas oportunidades que os Parâmetros Curriculares de Educação Física oferece para uma ressignificação da prática do professor desta área do conhecimento.
A crise é um instante decisivo, que traz à tona praticamente todas as anomalias que perturbam um organismo, uma instituição, um grupo ou mesmo uma pessoa. (Medina, 2005, pág.19).

Analisando o pensamento de MEDINA nota-se que, para adquirir um desenvolvimento em uma determinada área do conhecimento faz-se necessário que a educação em um contexto mais amplo entre em crise, para uma evolução e sistematização de sua prática pedagógica.

A Educação Física precisa entrar em crise urgentemente. Precisa questionar criticamente seus valores. Precisa ser capaz de justificar-se a si mesma. Precisa procurar a sua identidade. (Medina, 2005, pág.35).

Pode-se então através deste pensamento perceber que é nesse sentido que a ressignificação do papel da Educação Física é essencial para o desenvolvimento crítico do educador enquanto ser mediador da crise facilitará ao educador fazer a sua própria reelaboração do seu trabalho pedagógico.
Uma educação de boa qualidade precisa contribuir progressivamente para com a formação plena do cidadão e de responder os desafios colocados pela realidade e de nela intervir. Contudo deve-lhes oferecer subsídios ao longo de sua escolaridade, compreendendo conceitos, princípios e fenômenos cada vez mais complexos em transitar pelos diferentes campos do saber, aprendendo por sua vez procedimentos que lhes darão um futuro promissor.
Sendo assim entendemos que é neste sentido que o educador do novo milênio deverá se interagir para uma sistematização de sua prática uma vez que a teoria esteja atrelada a maneira com que o mesmo esteja executando-a. Entretanto, a escola, o professor e sua aula precisam se adequar-se, a curto, médio e longo prazo a essa dinâmica , oferecendo por sua vez possibilidades para que o educando venha ingressar com mais segurança no mundo social, sendo que aulas bem programadas podem contribuir para isso.
Para tanto os PCN´s – Parâmetros Curriculares Nacionais, organizam os conteúdos em três grandes blocos a saber: 

Esportes, jogos, lutas e ginásticas
Atividades rítmicas e expressivas
Conhecimento sobre o corpo
  Figura 1: PCN´s- Parâmetros Curriculares Nacionais- Educação Física, 1998, pág. 46, vol. 07.

Essa organização segundo os PCN´s tem a mera função de evidenciar quais são os objetivos de ensino e aprendizagem que estão sendo priorizados, tendo como fonte norteadora o trabalho docente para que tenha de fato uma atuação equilibrada, trabalhando conceitos teóricos e práticos que contribuam para com a formação plena do aluno.
A disciplina de Educação Física e o professor, por sua vez, podem contribuir, significativamente, na formação e capacitação do aluno, quando o colocam em contato com vivências corporais na forma de execução de tarefas que exijam dele muito mais do que execução de movimentos, mas que se utilizem delas para construir o conhecimento, que o torne, independente para uma ação eficaz no mundo onde esta inserido.
Para tanto MOREIRA 2009, pág. 61 afirma que:

Para tanto, faz-se necessário organizar a aula de Educação Física. Ela não pode ser um mero “alongar”, “aquecer” e “jogar”, pois precisa proporcionar pensamento, ação, reflexão discussão, crítica, apropriação e agregação de valores capazes de formar um aluno emancipado, apto a realizar suas próprias escolhas, suas tarefas.

Diante destas variáveis a ação de planejar fica mais evidente, ganha mais força e importância, uma vez que isso significa organizar atividades com a finalidade de estabelecer um ensino pautado na eficiência e coerente tendo em vista o progresso do aluno no mundo contemporâneo.
Figura 2: Sugestão de desenvolvimento das manifestações folclóricas na Educação Física Escolar.
Fase escolar
Conteúdos
Objetivos
Estratégias



Pré-escola

Cantigas e Rodas Cantadas.
Lendas
Parlendas

O conhecimento destas manifestações folclóricas. Aliar o desenvolvimento motor, ritmo e cognitivo. Estimular a imaginação e a criatividade dos alunos. Propiciar o contato e a troca de experiência folclórica entre o grupo.

Ensinar por repetição da letra, imagem, utilizando movimentos criados pelos próprios alunos ou pela professor(a) etc. Encerrar toda a aula contando uma lenda ou propor à turma a elaboração de uma pequena encenação com base na lenda que eles mais gostam etc.










1ª a 4ª série


Jogos e Brinquedos Folclóricos.

Danças Folclóricas Brasileiras.

O conhecimento e a vivência dos jogos folclóricos e das danças folclóricas regionais. Contribuição para o desenvolvimento motor, importante  nesta faixa etária, assim como de capacidades e habilidades que serão utilizadas nos outros conteúdos da Educação Física. Propiciar o contato e a troca de experiências folclóricas entre o grupo.


Confecção de brinquedos em aula, a partir de material alternativo (telefone sem fio, marionete, “saquinhos de areia” etc.) Cada um traz para aula um jogo folclórico que brinca na rua e ensina os demais. Pesquisa com os adultos da comunidade de quais são estes jogos etc. Danças: procurar em museus folclóricos, em associações regionais, em vídeos, com pessoas da família ou vizinhanças, convidar grupos para apresentações etc.


5ª a 8ª série



Manifestações do Folclore Internacional (Jogos, Danças, Lendas, etc.)

Conhecimento e reflexão sobre as mesmas no Brasil, entre as regiões. O conhecimento das manifestações folclóricas de outros países, com vivencias e reflexões. Relacionar a influencia da cultura e do folclore internacional no Brasil.

Pesquisa pela internet, Organização de Mostras e/ou Festivais (assim como se desenvolvem as Feiras de Ciências), Debates em aula, Palestras e Vivências dirigidas por convidados (voluntários ou não) ou pelos próprios alunos, orientação de leituras básicas etc.
Fonte: Educação Física Escolar: Desafios e Propostas 2. 2006, pág.83.

Contudo o presente quadro acima apresenta uma sugestão não rígida e definitiva, representa o desenvolvimento das manifestações folclóricas na Educação Física Escolar, que por sua vez deverá favorecer uma colaboração para a formação do homem integral, cidadão, conhecedor, consciente e transformador de sua cultura, contudo acredita-se que o professor de Educação Física atento a uma prática que tenha condições de realizar um trabalho eficaz, estará conectado com a realidade sociocultural ao qual esta inserido.
Entretanto podemos destacar uma outra possibilidade para o trabalho do professor de Educação Física em sala de aula que possa atender as necessidades do aluno, visto que o esporte é tido nos dias de hoje como um vírus que afeta diretamente a nossa clientela TUBINO (1993) nos oferece um tipo de esporte que esse na visão de outros autores deveria se utilizado em suas práticas que é o esporte-educação, também chamado de esporte educacional, que de hipótese alguma não deverá ser compreendido como uma extensão do esporte-performance para a escola. Ao contrário, em vez de reproduzir o esporte de rendimento, esta manifestação deve ser mais um processo educativo na formação dos jovens, uma preparação para o exercício da cidadania. O esporte-educação tem um caráter formativo, por isso, ele deve ser desenvolvido na infância e na adolescência, na escola e fora dela, com a participação de todos, evitando a seletividade e a competição acirrada.
Para tanto o COLETIVO DE AUTORES (1992, p.54) nos remete a uma reflexão quando menciona que “a influência do esporte no sistema escolar é de tal magnitude que temos, então, não o esporte da escola, mas sim o esporte na escola". Entretanto, isso nos indica a grande subordinação que a educação física através dos códigos/sentidos de instituição esportiva vem caracterizando-se dentro da Unidade Escolar, contudo, o professor deverá estar atento e não deixa de hipótese alguma este esporte na escola se manifestar e deixar despercebido a discussão deste modelo de esporte.
2.0- CONSIDERAÇÕES FINAIS

O ato de ensinar exige rigorosidade metodológica, pesquisa, respeito aos saberes dos alunos e as suas capacidades, criticidade, ética e estética, domínio do conteúdo e da entonação vogal, exige também riscos, pois não sabe se haverá aceitação ou rejeição, uma reflexão crítica sobre a sua prática levando em consideração os pontos positivos e negativos.
Evidencia-se que a Educação Física na escola deve ser tida como uma atividade humana, que se manifesta na sociedade por meio das práticas sociais com interesses e enfoques filosóficos, científicos e pedagógicos diferenciados que podem ser analisados epistemologicamente em decorrência das visões, explicitas ou implicitamente, colocadas sobre o homem no mundo a sociedade.
Como matéria na escola, está organizada numa estrutura curricular educacional, pois é um conjunto de conhecimentos advindo das Ciências Humanas, Naturais e Exatas que são utilizadas para atualizar em caráter interdisciplinar os blocos de conteúdos propostos para a Educação Física escolar.
Assim, este artigo visa ressaltar a importância de discussão e estudos teóricos estarem mais atentos aos aspectos intervenientes e condicionantes do ambiente escolar. Buscando a superação por meio de um trabalho solidário, de ambas as partes envolvidas no estudo, e da construção de uma atitude crítica e questionadora associada a uma constante busca de subsídios teóricos e à valorização da prática pedagógica do professor. O estudo, com isso, contribuiu diretamente para o debate e a construção de um currículo dando possibilidades para a construção das mais diversas possibilidades de trabalho na Educação Física Escolar.

3.0- REFERÊNCIAS

BARBOSA, Claúdio L. de Alvarenga. Educação Física Escolar: da alienação à libertação. 4ª Edição, Petrópolis- RJ, Editora Vozes, 1997.

BRASIL, Ministério da Educação e Desporto. Secretária do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL, Lei e Diretrizes e Bases da Educação/ LDB, 1996 acessado em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm de 06 de março de 2011.

MEDINA, João Paulo Subirá. A educação física cuida do corpo e... “mente”. 9º Edição- Campinas, SP: Papirus, 1990.

MOREIRA, Evando Carlos. Educação Física Escolar: Desafios e Propostas 1.Jundiaí-SP:  2ª Edição. Fontoura Editora, 2009.

MOREIRA, Evando Carlos. Educação Física Escolar: Desafios e Propostas 2.Jundiaí-SP: Fontoura Editora, 2006.
























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