Mais de três anos se passaram desde que Aracaju conquistou o título nacional da Capital da Qualidade de Vida. O título foi concedido por meio de um ranking criado e desenvolvido pelo Ministério da Saúde (MS) e tem como indicadores os índices de hábitos saudáveis cultivados pela população e também as ações do poder público em prol da disseminação desses hábitos, ações essas presentes em iniciativas como a Academia da Cidade e em projetos de estímulo ao uso de ciclovias.
A malha cicloviária de Aracaju se estende hoje pelas principais avenidas da capital sergipana, totalizando 40 km de espaço destinado ao uso exclusivo de ciclistas e a criação desse projeto foi fruto de estudo de demanda. “As ciclovias surgiram em 2003, quando a SMTT contratou um consultor especialista em trânsito. Percebemos que em Aracaju há um público muito grande de usuário de bicicletas e esse público é formado tanto para os que usam ciclovias para o lazer, como por pessoas que precisam de bicicleta para estudar e trabalhar”, é o que afirma Sheila Thereza Vieira Santos, assessora especial da SMTT.
A medida significa para a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) um avanço tanto para os usuários das ciclovias como para os motoristas. “Fornecer um espaço a essas pessoas significa tanto incentivar a prática de atividades físicas, como desafogar o trânsito já que essas bicicletas dividiam espaço com os carros e era comum acidentes e situações de conflito. Construir um espaço exclusivo para os ciclistas foi fundamental para a melhoria das condições físicas da população, como para a melhoria do ambiente do trânsito de Aracaju”, completa Sheila Vieira.
O projeto é considerado um sucesso pelo órgão de administração do trânsito, e por esse motivo, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) já autorizou a construção de mais 60 km de ciclovias. “A malha cicloviária aumentou de forma vertiginosa ao longo desses anos e o plano é que continue aumentando até o ano que vem”, contou a assessora especial da SMTT, que ressaltou o reconhecimento do projeto. “A associação de ciclistas de São Paulo já entrou em contato e informou que irá premiar a Prefeitura Municipal de Aracaju com o título de cidade amiga dos ciclistas”.
Outra proposta de consolidação de um padrão elevado de qualidade de vida é o projeto Academia da cidade, que reúne pessoas de várias localidades de Aracaju para a prática de atividades físicas gratuitas e em locais públicos. “A academia da cidade começou suas atividades no ano de 2004 e hoje, contamos com 16 pólos. Vale a ressalva de que esses pólos possuem atendimento integrado da Academia da Cidade e de unidades de saúde, com atendimento médico também gratuito”, explica Sayonara Carvalho, coordenadora de promoção da saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju.
Sayonara Carvalho lembra que o projeto da Academia da Cidade além de promover a atividade física, contribui para a utilização de espaços públicos. “O diferencial do projeto é que nossos usuários são avaliados a cada três meses. Além disso, nossos encontros estimulam a troca e interação social, o que impulsiona não apenas os avanços de condicionamento e previne doenças como osteoporose, mas também previne casos de depressão e doenças ligadas ao isolamento, que por vezes atinge a população idosa”.
A iniciativa de estimular a prática de atividades físicas com integração social e do espaço urbano é considerada como uma experiência de sucesso pelos órgãos que criaram e desenvolvem o projeto. “No site do Ministério da Saúde, a Academia da Cidade está classificada como um projeto exitoso. Sem dúvidas é importante porque contribui para a adoção de hábitos físicos, de hábitos preventivos e também estimula a prefeitura a investir na cidade, já que as praças são sempre reformadas para que a Academia possa iniciar suas atividades. O Governo Federal já lançou edital para que nossa experiência seja levada a outras cidades”, comemora Sayonara Carvalho.
Números dos projetos
A Academia da cidade, conta hoje com um total de 6327 usuários cadastrados, já que para participar do projeto, os interessados devem fazer cadastro nas unidades de saúde dos bairros. Os 16 pólos existentes estão espalhados em diversas áreas da cidade, como no Conjunto Augusto Franco e na Avenida Beira Mar, mas há intenção de levar a iniciativa a todos os bairros da cidade.
A malha cicloviária está em fase de ampliação. Os atuais 40 km que hoje são administrados pela Emurb, serão ampliados para o total de 100 km até o próximo ano. A obra, que custará 4,5 milhões está sendo financiada pelo Ministério das Cidades com contrapartida de 15% da Prefeitura de Aracaju.
Fonte: Infonet
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